quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Uma visão sobre o Carnaval

Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos brasileiros, não acarreta nenhum mal a nossa integridade psico-espiritual. E de fato, não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legitima confraternização. Infelizmente, porém, a realidade é bem diferente. 


Vejamos, por exemplo, as conclusões a que chegou um grupo de psicólogos que analisou o carnaval, segundo matéria publicada já há algum tempo no Correio Brasiliense, importante jornal da Capital da República: 

“(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas, etc.); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, três se transformam em adultério; que de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas (…). Concluíram que tudo isto decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais (…)”. 

Um detalhe importante que, provavelmente, eles não sabem, é que no plano invisível a turma do astral inferior também se prepara e vem aos magotes participar dos folguedos carnavalescos. Na psicosfera criada por mentes convulsionadas pela orgia, os espíritos das trevas encontram terreno propício para influenciar negativamente, fomentando desvios de conduta, paixões grosseiras, agressões de toda a sorte e, ainda, astuciosas ciladas. No livro “Nas Fronteiras da Loucura”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, são focalizados vários desses processos obsessivos, sobre pessoas imprevidentes, que pensavam apenas em se divertir no carnaval do Rio. Mostra também o infatigável trabalho dos espíritos do bem, a serviço de Jesus, procurando diminuir o índice de desvarios e de desfechos profundamente infelizes. 

Só por essa amostra já dá pra ver como é difícil, para qualquer cristão, passar incólume pelos ambientes momescos. Por maior que seja a sua fé, os riscos de contrariedades e aborrecimentos são muito grandes. Fiquemos, portanto, com o apóstolo Paulo, que dizia “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. (I Cor. 6,12).
                                                                                                              Pedro Fagundes Azevedo


A doutrina espírita não impõe nenhum procedimento. Através de ensinamentos, ela pretende conscientizar e mostrar que nossas ações refletirão em nossas vidas. Kardec (Evangelho Segundo o Espiritismo) afirma que o espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal. André Luiz (Conduta Espírita) nos orienta que devemos nos afastar destas festas lamentáveis, como o carnaval, que nos faz cometer excessos em nome de uma pseudo-felicidade, a verdadeira alegria não nos tira o equilíbrio.

Desta forma, nosso livre arbítrio comandará nossas ações baseadas em motivações racionais e não por "imperativismo" doutrinário. Assim, compartilharemos com as ideias de Paulo, pois essas comemorações não convém com nossa evolução espiritual e moral.

Se você gosta das festividades, não tenha medo de aproveitá-las, basta "viver no mundo, sem ser do mundo", não perca a temperança. Se você não gosta do carnaval, aproveite o feriado e relaxe ou vá a um encontro religioso... é revigorante!





Iremos tratar da temática "Carnaval e Espiritismo" no próximo programa Papo Jovem Espírita, que irá ao ar neste domingo às 17h, pela Radio Comunitária Boa Nova FM 89,7. Você, internauta, poderá acompanhar online pelo link: http://www.sitesuperfacil.com.br/ssf/aovivo.php?id=6191 .






Paz a todos!

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